domingo, 8 de março de 2015

Cleide Alves




Cleide Alves da Silva nasceu em 5 de dezembro de 1948 na capital pernambucana - Recife, mas foi registrada na cidade do Rio de Janeiro, para onde se mudou com sua família aos 4 anos de idade.

Logo cedo seu talento precoce foi notado por vizinhos, que ao ouvirem a garotinha cantar em casa, no bairro de Catumbi, insistiram para sua mãe, Alice, levá-la a algum programa de rádio. Como Alice precisava se desdobrar para criar Cleide e sua irmã, não tinha tempo de ir atrás disso, foi então que uma tia resolveu levar a garota no programa de calouros infantis Clube do Guri, de Samuel Rosemberg, na Rádio Tupi.     

Estreou no Clube do Guri com aproximadamente 5 anos de idade. Como naquela época não havia temas musicais muito apropriados para crianças interpretarem, ela costumava cantar sucessos de Ângela Maria ou Nelson Gonçalves. Era tão miúda que precisava subir em uma cadeira para alcançar o microfone em suas apresentações.

A oportunidade em disco surgiu em 1960, quando Moacyr Corrêa, amigo da família, soube que a gravadora Copacabana estava à procura de cantoras e se propôs a acompanhar Cleide em um teste. Moacyr era pai dos integrantes do grupo Golden Boys, que nessa época já estavam gravando pela Copacabana Discos.

Na audição do teste para a Copacabana, Cleide se apresentou cantando o sucesso Banho de lua, rock que naquela ocasião fazia enorme sucesso na voz de seu grande ídolo, a cantora Celly Campello. O veterano cantor e compositor Lamartine Babo, que estava nos estúdios no momento do teste, gostou tanto de Cleide que disse: "Essa menina vai ser nossa estrelinha do rock".    

Antes de completar os 12 anos já lançou seu 1º disco - um 78 rotações com as músicas Help, help, mamye, composta por Fernando Costa, Alfredo Max e A. Chamarelli, e Seguindo e cantando, criada por Roberto Corrêa, integrante dos Golden Boys. O acompanhamento foi de Betinho e Seu Conjunto com os Golden Boys participando dos vocais.

O disco de estreia alcançou boa repercussão e garantiu o sucesso de Help, help, mamye, que entrou para o 1º LP coletânea do rock brasileiro, intitulado Cocktail de Rocks, onde Cleide foi destaque ao lado de nomes como: Betinho e Seu Conjunto, Ronnie Cord, Golden Boys, Gessy Soares de Lima e Moacyr Franco.

Cleide logo ganhou notoriedade e passou a ser presença constante nos programas da colega, disc-jóquei e também cantora de rock, Célia Vilella. Entre 1961 e 1964, Célia apresentou Célia, Música e Juventude (TV Continental), Na roda do rock (Rádio Globo), Festival da juventude (Rádio Guanabara) e Célia Vilella na TV (TV Rio), além de divulgar os colegas da música jovem em sua coluna Na roda do rock, da Revista Radiolândia.

Em 1961, a Revista do Rock, idealizada pela jornalista carioca Jeanete Adib, promoveu um concurso para eleger rei, rainha, príncipe e princesa do rock brasileiro. Em 1º lugar ficaram Celly Campello (rainha) e Sérgio Murilo (rei); e em 2º ficaram Cleide Alves (princesa) e Tony Campello (príncipe).

Com o twist varrendo o mundo, a nova sensação entre a juventude também alcançou enorme popularidade no Brasil. Em 1962 a gravadora Copacabana lançou o 1º álbum do conjunto carioca Renato e Seus Blue Caps, intitulado Twist. Nesse disco o grupo registrou 3 gravações e dividiu as demais faixas com Cleide Alves e o cantor Reynaldo Rayol, irmão de Agnaldo Rayol. Cleide gravou 4 músicas para a coletânea: Chega, versão de Demétrius para Makin' love, Meu anjo da guarda, gravada posteriormente por Wanderléa em seu disco de estreia, e Hey, brotinho, ambas da dupla Rossini Pinto e Fernando Costa, além de Namorando, de Carlos Imperial.

Nessa época, Celly Campello ainda era a principal referência do cenário pop no Brasil, mas gravava músicas com letras doces, românticas e, muitas vezes, ingênuas. Ao gravar a música Chega, originalmente lançada por Demétrius, Cleide apresentou um tema bem distante dos hits açucarados de Celly Campello e se tornou a 1ª mulher na história do rock nacional a cantar uma música dando o fora no namorado.   

Cleide teve um ligeiro romance com o então iniciante cantor Roberto Carlos. Especialmente para ela, Roberto compôs a música Procurando um broto, que foi gravada por Cleide em 1962 com o acompanhamento de Renato e Seus Blue Caps e fez um grande sucesso. Sem saber, Cleide seria a responsável por lançar Roberto Carlos como compositor em disco, ainda antes da dupla com Erasmo. Nenhum outro artista antes dela havia gravado composições do futuro rei.   

Da proximidade com Roberto Carlos nasceu uma grande amizade. Tanto que Cleide foi a cantora que mais gravou músicas inéditas dele. Em 1964, quando ela foi contratada pela gravadora RGE, Roberto chegou a produzir seu LP Twist, Hully Gully & Cleide Alves, e a presenteou com 5 composições, uma delas em parceria com a jornalista Jeanete Adib e as demais com o parceiro Erasmo Carlos. 

Cleide, Roberto Carlos e Wanderléa nessa época frequentavam a casa de Jeanete Adib e, desses encontros, surgiram duas composições inéditas de Roberto em parceria com Jeanete: Cara de pau, registrada por Cleide em seu 1º LP, e Dê o fora, lançada por Wanderléa na mesma época.

O LP de estreia pela nova gravadora tinha a fórmula do sucesso, Cleide estava em sua melhor fase, com um repertório muito bom e acompanhada novamente por Renato e Seus Blue Caps. Despontou com os sucessos Mamãe acha que é normal, de Roberto e Erasmo, e Cara de pau, de Roberto e Jeanete Adib.

Cleide foi a responsável por levar o amigo Erasmo Carlos à gravadora RGE depois que ele deixou de ser integrante do grupo Renato e Seus Blue Caps. Ela incentivou o diretor artístico da companhia, Benil Santos, a contratar Erasmo e lançá-lo como cantor. Foi aí que, em 1964, a RGE resolveu apostar no jovem cantor e o lançou com o compacto Terror dos namorados, alcançando sucesso imediato. 

E foi justamente Erasmo quem ajudou a eternizar o nome de Cleide Alves na história do rock brasileiro, quando a citou na letra de seu grande sucesso Festa de arromba, de 1965, no trecho: "... Wanderléa ria e Cleide desistia de agarrar o doce que do prato não saía. Hei, hei! Que onda, que festa de arromba...". A letra de Festa de arromba foi inspirada na premiação que era promovida pelo programa Favoritos da Nova Geração, de José Messias - evento que reunia os grandes nomes da música jovem na época. Pouco depois, Festa de arromba se tornaria uma espécie de hino da Jovem Guarda, sintetizando muito bem o clima efusivo das jovens tardes de domingo na TV Record.     

Apesar do crescente sucesso, Cleide precisou interromper a carreira por conta dos estudos quando estava em seu melhor momento. Ela chegou a se apresentar algumas vezes no início do programa Jovem Guarda, na TV Record, mas na época já estava há algum tempo sem lançar novos discos.

Só retomou a carreira no início de 1968, quando assinou contrato com a gravadora RCA Victor e lançou a música Você não serve pra ser meu namorado, de Cláudio Fontana e Wanderley Cardoso, que logo estourou nas paradas de sucesso.

Ainda em 1968 emplacou mais uma composição de Cláudio Fontana, a música Nunca amei um homem igual a você, que em pouco tempo virou o maior êxito de sua carreira. 

Por conta de todo esse sucesso, em 1970 a RCA preparou seu LP Canção de nós dois. Com arranjos do maestro Pachequinho, o repertório eclético do disco trazia desde baladas românticas a marcha-rancho, passando pelo soul, contry, soft-psicodélico e até salsa. Entre as curiosidades estão a música Tenho minhas razões, rara parceria de Roberto Carlos com Rossini Pinto, a salsa Tim-tim por tim-tim, autoria do iniciante Odair José com Rossini Pinto, a marcha-rancho Depois da ladainha, de Othon Russo e Niquinho, o soul Você já teve a sua chance, de Getúlio Côrtes, o contry Quero somente o seu amor, de Edil Júnior, a psicodélica O mundo que sonhei, de Sidney Quintela, e a música que dá título ao álbum - Canção de nós dois, composta pelo poeta Vinícius de Moraes e lançada originalmente por Elizeth Cardoso. Apesar de bem produzido, o LP acabou não dando uma continuidade ao sucesso dos compactos que o antecederam. 

Também em 1970 Cleide fez uma pequena aparição no filme Pais quadrados... filhos avançados, de J.B. Tanko, estrelado por Antônio Marcos e Lúcia Alves.

Ainda registrou duas músicas inéditas para um futuro compacto pela RCA, que nunca chegaram a ser lançadas, pois logo em seguida Cleide abandonou a carreira em definitivo. Uma das canções era de autoria da dupla Dom e Ravel e a outra uma composição de Luís Vagner. 

Em uma entrevista concedida em 1985 ao Albert Pavão para o projeto Memória do Rock Brasileiro, Cleide constatou que, apesar da paixão por cantar, deixou a desejar no comprometimento com sua carreira artística. Gostava do ambiente de estúdio e da rotina de gravações de disco, porém não tinha disciplina para correr atrás do sucesso divulgando seu trabalho nas rádios. Além disso também não gostava de viajar para cumprir agendas de shows, com isso perdeu muitas oportunidades.

Logo que lançou seu último álbum, ela já estava se preparando para casar com um irmão do comunicador José Messias, isso também motivou seu desinteresse por trabalhar melhor a divulgação do disco.

Em 1985 foi convidada por Roberto Carlos para participar de seu programa especial de fim de ano, na TV Globo, em homenagem aos 20 anos da Jovem Guarda. Nesse programa, Cleide cantou o sucesso de Roberto Carlos, Jovens tardes de domingo, ao lado de vários colegas dos anos dourados, como: Roberto, Erasmo, Wanderléa, Rosemary, Ed Wilson, José Ricardo, Jerry Adriani, Wanderley Cardoso e outros.

Dez anos mais tarde, em 1995, ocasião em que se comemorava os 30 anos da Jovem Guarda, Cleide foi convidada pelo produtor Márcio Antonucci, da dupla Os Vips, para participar de uma coletânea lançada pela Polygram reunindo alguns cantores da época para um revival. Para essa coletânea, Cleide regravou Estúpido cupido, sucesso de sua contemporânea Celly Campello. 

Em 2009 eu consegui o contato da Cleide Alves, mas ao telefonar na esperança de conseguir uma entrevista ou um bate-papo informal, foi possível falar apenas com sua irmã Jane. Na breve conversa que tivemos, ela me disse que Cleide tinha feito uma cirurgia na coluna há pouco tempo e estava morando na cidade de Campos dos Goytacazes - RJ. Pude entender durante a conversa que Cleide não estava muito bem de saúde e que não gostava de falar sobre sua carreira artística, possivelmente por não ter tido mais oportunidades de se apresentar, fazer shows nos últimos anos.

Pouco antes disso, eu soube por alguns cantores da época que Cleide estava passando por sérias dificuldades financeiras, tendo que pedir ajuda para amigos. Se é verdade ou não, não foi possível confirmar.

Em 05/03/2015, Cleide passou mal e foi internada em um hospital do Rio de Janeiro, infelizmente não resistiu a uma parada cardíaca e faleceu no dia seguinte.

Apesar da hipótese de Cleide ter adoecido amargurada e sofrido dificuldades nos últimos anos de vida, é inegável sua relevância para a história do rock no Brasil. Mesmo não tendo alcançado uma projeção de sucesso nacional durante a Pré-Jovem Guarda, deixou sua marca cantando o rock de forma muito particular. Ela conseguia, de maneira natural, transmitir certa sensualidade e um tom levemente sacana em suas interpretações. Sem dúvidas essa é uma característica que nenhuma outra cantora da 1ª fase do rock brasileiro teve.   



Discografia

78 rotações


Help, help, mamye / Seguindo e cantando - Copacabana - 1960


Natal de Jesus / Noite de paz - (ambas cantadas junto com o cantor Gilberto Alves) - Copacabana - 1960


Chega (Makin' love) / Meu anjo da guarda - Copacabana - 1962


Habib twist / Procurando um broto - Copacabana - 1962





Compactos simples


Broto infernal (Hully gully do guarda / Mamãe acha que é normal) - RGE - 1964




A estrelinha que volta (Você não serve pra ser meu namorado / Não me diga adeus agora) - RCA Victor - 1968




Nunca amei um homem igual a você / Meus dois namorados - RCA Victor - 1968




Quero somente o seu amor / Depois da ladainha - RCA Victor - 1970



Compacto duplo


Cleide Alves com Orquestra e Côro (Vamos pra escola 'School bus' / Help, help, mamye / Sonho na colina 'Blueberry Hill' / Perfeito amor 'Perfect love') - Copacabana - 1961




LPs


Twist, Hully Gully & Cleide Alves - RGE - 1964




Canção de nós dois - RCA Victor - 1970




LPs coletânea


Cocktail de Rocks (Help, help, mamye) - Copacabana - 1960




Natal, a festa azul (Noite de paz - com o cantor Gilberto Alves) - Copacabana - 1960




Twist (Chega 'Makin' love' / Meu anjo da guarda / Hey, brotinho / Namorando) - Copacabana - 1962




Disparo 70 (Devagar, quase parando) - RCA Victor - 1969




Saudade jovem nacional vol. 2 - 20 sucessos daquele tempo (Nunca amei um homem igual a você) - RCA Camden - 1976




Bailes jovens de domingo (Mamãe acha que é normal) - RGE - 1993





CDs coletânea


Bailes jovens de domingo (Mamãe acha que é normal) - RGE - 1993




Box - 30 anos de Jovem Guarda / CD 2 (Estúpido cupido 'Stupid cupid') - Polygram - 1995




40 anos de música - 1964 (Mamãe acha que é normal) - RGE - 1997




Festa de arromba - A música jovem dos anos 60 (Mamãe acha que é normal / Cara de pau) - RGE - 1997




O baú do rei (Cara de pau / Surpresa de domingo / Mamãe acha que é normal / Beijo quente / Brotinho transviado) - RGE - 1997




Série 2 em 1 - 2 LPs em um CD - Renato e Seus Blue Caps: Twist / Renato e Seus Blue Caps (Chega 'Makin' love' / Meu anjo da guarda / Hey, brotinho / Namorando) - EMI Odeon - 1999




Na onda do iê iê iê vol. 2 - Série Bis Jovem Guarda (CD 1: Procurando um broto / CD 2: Help, help, mamye) - EMI Odeon - 2000






Álbum de recordações



Início de carreira - 1960




















Com o cantor americano Neil Sedaka, quando ele esteve no Brasil, no início dos anos 1960


Ainda menina em uma confraternização. Na foto é possível identificar seu futuro cunhado, o disc-jóquei José Messias, à esquerda (de chapéu branco)




Eleita princesa do rock, em concurso promovido pela Revista do Rock, em 1961. Cleide ao centro, ao lado de Sérgio Murilo, Tony Campello, Celly Campello, Demétrius e outros















Com o cantor Ronnie Cord - 1961


Ao lado do ainda anônimo Roberto Carlos e George Freedman - 1961




Na 1ª foto à esquerda, com sua mãe, Alice





Com Renato e Seus Blue Caps e Reynaldo Rayol, lançamento do LP Twist


Com Reynaldo Rayol



Nova pose com Reynaldo Rayol




Com Reynaldo Rayol, Sérgio Murilo, Célia Vilella, Marlene Vilella e outros













Ao lado de Roberto, Erasmo, Jair Rodrigues e Rosemary, no programa do Chacrinha









Com José Messias, Prini Lórez, Orlando Dias, Roberto Rei, Evinha, José Ricardo, Selmita, Tony Campello, Rosemary, Sérgio Murilo e Wanderléa


Com a amiga Wanderléa



Com Rosemary - Capa da Revista do Rádio



Entre José Ricardo e Wanderléa




Com Ed Wilson





















Se apresentando no programa do Chacrinha


Quando retomou a carreira, em 1968












Com Wanderley Cardoso - Capa da Revista do Rádio


Com Wanderley Cardoso e Kátia Cilene



Com Marlene Cavalcanti e Jerry Adriani








Com as cantoras Marlene Cavalcanti, Dircelene, Silvinha, Adriana e Elizabeth












Com Paulo Sérgio e Jerry Adriani







Em sua última aparição na TV, no especial de Roberto Carlos, em 1985



Vídeos





















7 comentários:

  1. Léo,

    você tem informações sobre a cantora Cleópatra?

    Procurei material sobre ela e a única coisa que encontrei foi uma fotografia com outros cantores em 1967.

    Aguardo retorno, obrigado.
    Alberto de Oliveira
    betodec30@yahoo.com.br

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  2. Porque é que esta lágrima corre tão fria o inverno já foi e porque que certos versos e certas canções no enche de paz.E o valor das ideias e de seus ideias, de poder sorrir, cantar e amar, de dizer: " Cadê você, cadê você, você passou - O que era doce, o que não era se acabou - Cadê você, cadê você, você passou - No vídeo tape do sonho, a história gravou ; Estamos fechando um ciclo de 50 anos e Cleide cheia de planos começa o ano de 2015. Ela esta viva na nobre arte que sempre abraçou, no sonho lindo que sempre sonhou, na graça visto que é graça é tão sublime. Mais que um movimento é Jovem Guarda vai alem do momento, mais que uma vida, a jovem guarda vai alem da vida. E este poder de atração tão sublime na arte que procede do coração do próprio Deus. E uma certa lambreta e na garupa um instrumento de cordas, vou acorda a menina que amo com versos e canções de amor. Dorme menina Cleide, e celebre em algum lugar na memoria a página da historia que escrevemos juntos. Tão soberano quanto a força de amar e escrever no canto de um certo lugar que é preciso rever os feitos, pois não foi direito o que fizemos. O refrão da canção ensina que alem do mar menina existe um lugar de ruas brilhante e um rio de aguas cristalinas onde a inspiração habita. O homen de Nazaré disse uma certa vez para uma linda mulher: Va e diga a todos que o que estava morto agora estabeleceu o misterio da ressurreição e a senha para lá chegar é perdoar o irmão que lhe ofendeu. Claudio Fontana não sabia mas os dedos que tocou as cordas de um violão serviu de inspiração e o mestre soprou em seus ouvidos uma linda canção: O homem de Nazaré ama a arte de andar a pé, para muitos todos estão surdos e sua estupidez não me deixa ver que eu te amo.- Relembro bem a festa, o apito - E na multidão um grito - O sangue no linho branco - A paz de quem carregava - Em seus braços quem chorava -E no céu ainda olhava -E encontrava esperança - De um dia tão distante - Pelo menos por instantes - encontrar a paz sonhada.

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Bravissima pagina de Cleide Alves, pena que um talento assim ficou esquecido . muitos pensam que o talento so existe quando se é jovem e bonita , so os inteleigente podem ver a beleza a arte e o talento de um artista . mesmo que ele tenho 60, 70, 80 anos , Cleide Alves embalou uma joventude eu ainda criança ja começava a ver e gostar desse ritmo que mais tarde nas jovens tardes de Domingo passei a Dançar na frente de um posto de TV, la onda estiver obrigada Cleidinha pelas lindas musicas .

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  5. Cleide Alves deixou muitas saudades. Eu adorava as suas músicas! E essa foi a melhor biografia que fizeram pra Cleide Alves. meus parabéns para quem escreveu!

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